Maternidade é se redescobrir, desenhar um novo livro da vida.
Yoga é viver esse novo livro com lucidez.
PAZ e LUZ!
Vivi

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Shantala - massagem em bebês


A massagem dos bebês é uma arte tão antiga quanto profunda.
Simples, mas difícil. Difícil por ser simples. Como tudo o que é profundo.” Frédérick Leboyer
Shantala


Por volta de 1918 Frédérick Leboyer, um médico francês, estava em Calcutá (atualKolkata), na Índia, capital de Bengala, onde encontrou uma linda moça chamada Shantala, que massageava seu bebê. Shantala morava em uma favela chamada Pikhana, local onde a Associação Seva Sangha Samiti abriu um escritório, o que facilitou a visita de Leboyer ao local. A Associação acolheu Shantala e seus dois filhos. Ela ficara paralítica havia poucos anos.

Diante de muita miséria a vida fluía através da linda Shantala, com força e suavidade suas mãos nutriam seu bebê de uma forma esplendorosa, não havia pressa, nem controle do tempo, apenas havia uma presença silenciosa da sabedoria materna, massageando seu filho.

Portanto, o nome dessa arte veio em homenagem a essa humilde moça de Bengala.

Os benefícios são inúmeros:

- físico: ação no crescimento, na respiração, nas ondas cerebrais, na frequência cardíaca e até no sistema imunológico, ajudando no combate às doenças.

- energético: movimentação da energia, com o intuito de desbloquear os seus caminhos, ativar os chakras.

- emocional: “Para ajudar os bebês a atravessar o deserto dos primeiros meses de vida, a fim de que eles não sintam mais a angústia de estar isolados, perdidos, é preciso falar com sua pele que têm tanta sede e fome quanto o seu ventre. SIM! Os bebês têm necessidade de leite, mas muito mais de ser amados e receber carinho.” Leboyer

Com carinho e gratidão desenvolvo o trabalho de passar essa técnica para as mamães. Vou até a residência delas, levo um material completo: óleo para massagem, apostila, CD com música relaxante e tranquilamente nos envolvemos nessa arte. O valor é acessível e negociável!
É um ótimo presente para chá de bebê, com direito a reforço depois que o bebê completar um mês.

Se tiver interesse segue meu e-mail - vivianeyoga@hotmail.com

Muita LUZ,

Viviane Cabral

terça-feira, 30 de outubro de 2012

BABY YOGA

Baby yoga é uma aula voltada para mães e bebês. Através de uma prática suave ambos são beneficiados e a ligação entre eles fica ainda mais forte e equilibrada.


O vínculo é estimulado pelo contato, pelo olhar, pelo cheiro, pelos sons que as mães entoam. Alquimia humana, transformando os conflitos em oportunidades de aprendizado. A percepção intuitiva é favorecida através do convite ao silêncio e a percepção de si. Todos são envolvidos numa atmosfera mais harmônica, sem julgamentos ou comparações.


A turma é pequena, com 4 mães e seus bebês, permitindo troca entre elas, carinho, resgatando o apoio das tribos, que se perdeu em meio as mil ocupações do dia a dia. As mães precisam de espaço para falar e ouvir, para ser fêmeas, crescer com seus filhos, em PAZ e LUZ! Algumas posturas tradicionais do yoga são adaptadas para que os bebês possam ficar bem coladinho em suas mães, de forma lúdica a aula segue como uma brincadeira deliciosa, trazendo leveza e suavidade. A massagem indiana em bebês, Shantala, também está presente durante a aula, movendo a energia no corpo dos pequenos, liberando possíveis pontos de tensão.


Nessa fase do primeiro ano da maternagem a mãe pode se sentir muito sozinha em casa e ter uma oportunidade para sair, se arrumar e curtir seu bebê em outro ambiente é muito favorável.
vivi e ravi (arquivo pessoal)
Experimente, dê uma oportunidade para algo novo, que pode se revelar um momento muito especial!



Espaço Nascente - quartas e sextas 14:30h e 16h.

Muita LUZ!

Viviane Cabral

domingo, 7 de outubro de 2012

Viver melhor: O corpo se regula se a gente deixar

http://www.soniahirsch.com/ 
 
Aprendi uma idéia nova:
auto-regulação.

Sempre soube que o corpo
é um sistema auto-regulável
que expressa suas necessidades
e procura satisfação – se está
desidratado, manifesta sede;
se está cansado, encosta, ou senta,
ou deita; se está com calor
procura a sombra, tira a roupa.

Auto-regulação, portanto, é uma
característica do corpo de buscar
o equilíbrio através de movimentos
muitas vezes imperceptíveis.

Comeu muito açúcar? O corpo tira
cálcio das reservas para neutralizar
a acidez que o açúcar provoca.
Andou de sandália nova?
O corpo faz uma bolha d’água
para proteger o dedo e acumular
material que reponha a pele,
talvez em várias camadas calosas,
se você insistir na sandália.

Até aí, nada de novo.

A grande novidade, para mim,
é pensar que o corpo se auto-regula
também em relação a emoções.

Produzindo lágrimas, por exemplo, quando se sente triste.
Ou rubor nas faces ao se perceber alvo de uma atenção
especial. Suando fedido apesar do desodorante, se a
situação é de ansiedade e há muita adrenalina circulando.
Isso quer dizer que a emoção encontra uma forma concreta
de expressão que ao mesmo tempo é uma descarga, uma
forma de liberar a tensão que aquela emoção provoca.

E é nesse ponto que a coisa começa a ficar mais
interessante. Veja só: alguém que está auto-regulado
usufrui de um estado de prazer, satisfação, integração
consigo mesmo e com o meio ambiente. O corpo
digeriu emoções e alimentos e voltou ao estado de
equilíbrio, que vai durar até que algo aconteça –
do lado de fora, como um repentino vento frio, ou
do lado de dentro, como a vontade de ir ao banheiro.

Mas vamos supor que não seja possível sair do vento,
não seja possível ir ao banheiro. O corpo vai reagir
como? Criando mecanismos de contenção para lidar
com a impossibilidade: contrai a musculatura, respira
menos. Com isso o fluxo de energia corporal fica mais
lento, ou mesmo bloqueado. Quando for possível
encontrar abrigo e alívio, o corpo também vai poder
relaxar e recuperar seu estado de prazer.

A grande encrenca acontece se a auto-regulação não se der.
Por exemplo, uma criança fica triste e chora. Mas de tanto
ouvir a mãe dizer para não chorar, cria uma retenção,
bloqueia o choro, e com isso o corpo não pode se autoregular.
Há um engarrafamento de energia ali, a respiração
piora, os músculos se ressentem, os fluidos não circulam
livremente. A emoção já passou há muito tempo
e a retenção continua.

– De tanto não fazer o que precisaria para atender
a um processo de auto-regulação, o organismo
deixa de ser saudável, se torna neurótico,
diz Julia Andrade, terapeuta que trabalha
com a linha biodinâmica, estetoscópio
em punho. O que ela escuta com ele:
o movimento dos fluidos na barriga.

– É o psicoperistaltismo, explica. – O sinal de que
o organismo é saudável se identifica através de sons
na área baixa do abdômen, como os de um rio passando.
Essa fluência indica que o corpo está sendo capaz de
regular e dissolver produtos de pressão e tensão emocional.

É uma segunda função do intestino:
além de processar os alimentos,
separando o que vai para o sangue
do que vai para fora, ele também
“digere” as emoções.

Julia observa que na nossa cultura se valoriza muito o fazer,
trabalhar, produzir: uma pessoa acha que está bem quando
tem muitas atividades.

– Mas na perspectiva da auto-regulação
se dá importância a chegar em casa,
relaxar, saborear a experiência do dia,
dar um tempo entre uma situação e outra.
Antes de começar uma nova atividade, ter certeza de que
digeriu a anterior. Perceber quando é preciso descansar.
Escolher o que dá mais prazer em vez do que os outros
acham que é bom. E sentir confiança nos processos
corporais de descarga, como chorar, desabafar, gritar,
bocejar, rir, soltar gases, gemer, cochilar, enfim: tudo o que
pode trazer de volta a respiração calma, a fluidez dos
líquidos do corpo, o prazer.

Fundamental, diz Julia, é não ficar acumulando raiva,
frustração ou qualquer outra emoção difícil, nem fazer de
conta que não sentiu: pode até segurar na hora porque a
sociedade e a cultura exigem, mas depois tem que expressar
para dissolver. Seja na massagem, na caminhada, na terapia,
dançando na discoteca, conversando com algum amigo ou
na happy hour antes de voltar para casa. É o momento
para falar, rir da situação, reclamar, falar mal do chefe...

E você, já deu sua auto-reguladinha hoje?

(Crônica do livro Meditando na cozinha, republicada hoje para a leitora Elis Melo em nome de todas as mulheres estressadas do mundo)

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Sessão de cinema no Espaço Nascente

Cine Bebê


Sessão da tarde no Espaço Nascente


“ Maternidade é pura inspiração, vamos aproveitar o momento para compartilhar pontos de vista e nos divertir com esse filme delicioso. Todas as mães e seus bebês são bem vindos!” Viviane Cabral – instrutora de baby Yoga - Facilitadora do encontro.


No dia 13.09.12, às 14:30h.


Documentário sobre quatro bebês de quatro cantos do mundo (Namíbia, Tókio, Mongólia e São Francisco) que têm suas vidas acompanhadas simultaneamente, desde o primeiro banho até os primeiros passos. Marcadas por culturas bastante distintas, o registro filmado do desenvolvimento destas crianças nos permite tecer considerações importantes sobre as crianças, seu desenvolvimento, suas interações com o mundo e com as pessoas, o valor das diferentes vivencias e experiências na constituição de si mesmo e na forma como ela significa o mundo e as coisas.
Filme: Babies – duração 1h16
Investimento: R$ 20,00
Local: Espaço Nascente - Rua Grajau, 599 Próximo ao metrô Sumaré - São Paulo
(11) 3672-6561 / (11) 2548-6383

espaconascente@gmail.com
Facilitadora: Viviane Cabral. Pós graduada em Yoga pela UniFMU - curso ligado a Escola de Kaivalyadhama (Índia). Atualmente ministra aulas de Yoga para mães com seus bebês (baby yoga) no Espaço Nascente. www.yogaematernidade.blogspot.com.br vivianeyoga@hotmail.com
 


 
                                              




 

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Slingada: vem! É pra todo mundo!

Baby Yoga na Slingada!

As slingadas são encontros mensais (gratuitos e abertos) de promoção ao uso dos slings (carregadores de bebês). Se você quer carregar seu bebê com segurança e conforto para você e pra ele, venha saber como slingar. Não importa qual o modelo do seu carregador, nem de que marca ele é.

A slingada é para todo mundo!


Próxima slingada: 01/09 no Espaço Nascente. Veja informações abaixo.

Se você está na dúvida de qual carregador comprar.
Se você não consegue montar direito o seu sling.
Se você está em dúvida sobre que tipo de carregador é melhor, mais adequado ou mais confortável para você e seu bebê.
Se você acha que seu bebê fica “desconfortável” dentro do sling.
Se o sling fica folgado, apertado, grande ou pequeno.
Se o seu sling fica mais na gaveta do que carregando o seu bebê.
Se você tem dúvida de quando e como colocar o meu bebê no sling.
Se você tem dúvidas relacionadas à segurança com o uso dos carregadores de bebês.
Se você ainda não tem um sling.
Se você quer comprar um sling, mas gostaria de testar antes.

Venha para a Slingada!
Traga um lanche para compartilhar.

As slingadas – além de consultoria gratuita em uso de carregadores – sempre trazem atividades para você, sua família e seu bebê. A próxima, dia 01/09, será um dia de música e relaxamento. Haverá seções de musicalização para gestantes, mães e bebês, além de um workshop de baby yoga.

Veja a programação:

10h30 as 11h30 – Oficina de Arte para bebês, mães e pais com Suzana Soares (http://www.artesemovimento.com.br/category/atelie-artes-e-movimento/arte-para-bebes/)

 
12h às 13h – Workshop de Baby Yoga com Viviane Cabral (http://yogaematernidade.blogspot.com.br/)
14h às 15h – Música e brincadeiras para bebês e crianças com Edi Holanda (http://teatroemusicaparabebes.blogspot.com.br/)

Slingada de 01/09
Espaço Nascente
Rua Grajaú, 599
Próximo a Av. e metrô Sumaré.
Horário: das 10h as 15h00

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Yoga para mães com bebês


A maternidade é um lindo convite para a mudança, após o parto uma nova mulher nasce, com novos desafios e receios. Um período muitas vezes turbulento se inicia com a chegada do pequeno(a) em casa e o melhor que podemos fazer é ficarmos calmas, tranquilas e confiantes. O desconhecido gera medo, e precisamos relaxar para que o medo não nos paralise, e então, daremos espaço para a intuição materna, para o fluir da maternidade.
Nós amamos nossos filhos, mas precisamos estar em PAZ e tranquilas para que esse amor flua para eles.


Gostaria de te fazer um convite:

Uma aula de 1h30 de Yoga com a presença do seu bebê!
Através de movimentos ritmados pela respiração, você tranquilizará sua mente, acalmando suas emoções, podendo transferir essa tranquilidade para seu bebê. 
Algumas posturas tradicionais do yoga serão adaptadas para que você possa praticá-las carregando seu bebê nos braços, mantendo o contato e a atenção que eles exigem nesse momento inicial. Assim como faremos massagem indiana nos bebês, conhecida como Shantala (sala aquecida).
Além das posturas, entoaremos mantras, faremos visualizações e relaxamentos.

Local: Espaço Nascente
http://espaco-nascente.blogspot.com.br
Rua Grajau, 599 - Próximo ao metrô Sumaré - São Paulo
(11) 3672-6561 / (11) 2548-6383
espaconascente@gmail.com


Data: Todas as quartas e sextas

Horários: das 14:30h às 16h
                   das 16h às 17:30h


Muita PAZ!

Viviane Cabral (Vivi)








**Você pode agendar uma aula experimental.
*Número máximo é de 4 mães e 4 bebês.






segunda-feira, 9 de julho de 2012

A comida, a miragem e o bastão

Texto inspiradíssimo de Fabiolla Duarte:

Para quem domina bem a linguagem e possui a arte da argumentação, qualquer caminho proposto, a quem busca um caminho, é o único caminho. A verdade.

A mãe que busca respostas para sua maternagem vai encontrá-las. Infelizmente.
Parece perigoso demais, para a mãe buscadora, aventurar-se.

Quem caminha nesse mundo, no mundo do dia e da noite, no mundo do relógio, do dinheiro, da comunicação, no mundo da guerra, no mundo da vida e da morte , caminhar o caminho do outro é fazer de sua caminhada um trajetória alheia.
Muita pena o desperdício da aventura autoral.

Cada alimento um mistério para além de qualquer tabela nutricional.

Como as plantas de poder que os índios utilizam desde sempre, cada alimento é um portal biológico estimulante e complexo.

O prato é viagem metabólica e a cada desdobramento biológico dentro do sistema humano, mensagens celulares complexas e misteriosas vão se revelando.
De célula para célula, as mensagens são ditas e vamos assim ouvindo diretamente da natureza sua mensagem.


Maçã, aveia, água, pão - tudo em nós causa um efeito, altera nosso estado.
Comer é alucinação.

Em cada tradição a miragem repetida, a mensagem que é sempre dita.
Eu me realinho no prato de minha família, recebo minha avó, meu passado, meu caminho.

Gratidão a cada refeição e consciência de que ali estão presentes muitas gerações.
Séculos de cultivo e na mesma comida o mesmo bastão.

Nutrição é receber o bastão antigo.
É vitamina C, vitamina A, vitamina D e comunicação ancestral.
Cada bocada cápsula acelerada.

Viva a comida que comunica.
Alimenta a alma, o corpo e o coração.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Tudo começou com uma banana!


Escondidinha de todos os olhares, como se fizesse algo proibido, estava eu iniciando uma nova etapa alimentar do pequeno Ravi.

No final do quinto mês comecei a dar pequenos pedacinhos de banana e até ousei um dia e dei de tamarindo. Nesse mesmo período passei meu dedinho em sua boca com sucos variados, para ver sua reação, mas ainda não tinha oferecido nada pra valer. Me doía lá no fundinho essa mudança, curti muito dar o peito e pensar em parar ou mesmo diminuir as mamadas era uma tortura para mim. Foram 6 meses de muita entrega, troca de olhares, carinho sincero, amor intensificados pelas mamadas, e tudo deu muito certo, mas é chegada a hora de mostrar, como diria o Cacá - “as cores do mundo” para o Ravi, e poderia fazer de uma forma harmônica, divertida e profunda.

Harmônica no sentido de estar em perfeita sintonia com a maternidade e portanto com a fonte planetária de carinho e ritmo.
Divertida através de uma gostosa brincadeira, não vejo a necessidade do  adulto ser sério, ao contrário, tenho a imagem de pessoas sábias muito engraçadas, que se divertem e principalmente riem como crianças. Por que não se pode brincar com a comida, é muito mais gostoso do que comer pensando no trabalho ou qualquer outra coisa, ao menos se está concentrado no que se está fazendo?
Profunda, trazendo à tona a percepção de que se alimentar não é apenas ingerir um alimento, mas nos alimentamos da vida, do ar que respiramos, das conversas que temos, dos livros que lemos, de todas as atividades que executamos, nos alimentamos do nosso silêncio, que por vezes nos mostra que intenso ruido polui nossos sentidos.

No penúltimo dia de 2011 estava em casa com meu companheiro e resolvi comer uma banana. Estava com o Ravi no colo, não resisti e ofereci, ele com uma sutileza linda foi encostando sua língua, de forma suave, provando algo novo. Que lindo ver essa cena, e ele estava ali nos meus braços, provando a vida, um presente de Gaya, que ele adorou, ficou chupando como se estivesse mamando, colocou as mãos, se lambuzou todo, nos divertimos muito.

Agradeço muito tudo que tenho aprendido com o amado Ravi, e essa foi mais uma lição, a forma delicada e sutil que ele degustou algo novo, o valor que deu para aquela banana, as sensações que devem ter provocado nele. Ele pegou, sentiu a textura nas mãos, o cheiro, o gosto. Que explosão de novidades. Tudo me fez refletir o quanto acabamos ligados no automático e não no “pão de cada dia”, tantas maravilhas que colocamos dentro de nós, e fazemos de forma mecânica, sem lucidez. Comemos conversando, ou vendo televisão, até mesmo lendo, mas raras vezes comemos apenas comendo, percebendo as sensações, observando a mente e as memórias que tal momento trás à tona. Sentindo o aroma, as sensações da língua, a força dos dentes. Alimentar-se pode ser uma profunda meditação.


Muita PAZ a todos os seres, que todos sejam felizes!

Vivi 08.01.12

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Ramana Maharshi e o Caminho do Autoconhecimento


Sri Ramana Maharshi nasceu em 1879 no sul da Índia. Seu nome era Venkataraman. Cresceu como uma criança normal, tendo apenas um único comportamento inusitado: o seu sono era anormalmente profundo, ninguém conseguia
acordá-lo. Aos dezessete anos vivenciou o despertar espiritual de forma espontânea, atingindo um estado de autorrealização conhecido como sahaja samadhi.
Essa experiência se deu pela clara sensação de morte que o tomou e permitiu surgimento de questionamentos como: Quem está morrendo, se continuo com a minha personalidade forte? Chegou a conclusão que o corpo morre, mas o espírito que o transcende é imune à morte.

Vivenciou a percepção do Eu, que não corresponde as limitações do corpo, mas sim a real natureza de todos os seres. Após esse fato muito mudou em sua vida, saiu da casa familiar e trilhou o caminho em direção a Arunachala, montanha sagrada de Tiruvannamalai, onde viveu, dali em diante, de forma muito humilde. A princípio mergulhado e profundo silêncio e meditação.

Vivendo em cavernas foi sendo cercado por discípulos, que aprendiam através do seu silêncio.  
Quando voltou a se expressar através de palavras deixou claro que um caminho direto para a Verdade é o questionamento constante de “Quem sou eu”? e esse foi um dos seus principais ensinamentos.
Na sua simplicidade e humildade não aceitava as formalidades que os indianos atribuíam às pessoas as quais consideravam mestres. Apesar de ter se afastado da família, Ramana esclarecia não ser a renúncia à família algo fundamental para o desenvolvimento espiritual, pois a verdadeira renúncia está na mente e não é alcançada através da renúncia física, nem é impedida pela falta dela. O próprio ato de trabalhar não é um impedimento, pois pode ser feito de forma desprendida.
Os Ensinamento de Ramana eram eminentemente práticos, não ficava satisfazendo curiosidades de seus discípulos, ao invés, alertava sobre a importância do esforço para compreender que o homem é agora, e para sempre, o “Si”imortal por detrás desta e de outras vidas. Através de suas próprias atitudes, ensinamentos eram passados de forma natural, indo ao encontro com posturas indicadas nas escrituras clássicas de diversas religiões, o que mostra ser um conhecimento universal, não direcionado para pequenos grupos, mas para todos que estão abertos para ouvir e sentir seu reverberar.


“As palavras dos grandes mestres e guias da

Humanidade são correntes de poder e luz....

A vida de homens como Maharshi são

semelhantes aos meteóros que em sua rota

iluminam a noite mais escura. Aqueles que

podem perceber o caminho, no clarão dessa

luz, saberão, dali por diante, aonde ele

conduz.” Mouni Sadhu



Objetivo:
Mostrar um caminho de novas possibilidades rumo à lucidez espiritual, através do exemplo e dos ensinamentos de um homem que não estava preso às questões mundanas, mantendo seu foco na jornada espiritual.
Compartilhar um lado do Yoga que vai além das posturas físicas e respirações, mas que aprofunda na investigação de si.



Considerações Finais:
Através do exemplo vivo de Ramana Maharshi, um homem simples, mas com grande realização da Luz Divina, evidenciada diante de suas pequenas atitudes diárias sempre em consonância com suas palavras, surge a possibilidade de aprendizado e crescimento em direção ao amadurecimento espiritual.


Esse trecho faz parte de um trabalho que elaborei para a UniFMU - pós graduação em Yoga - em 2011, e está disponível, na íntegra, no seguinte endereço

 

Abraço amigo,

PAZ!

Vivi


sexta-feira, 20 de abril de 2012



Amamentar

Quando penso nessa palavra, nessa altura da minha vida, penso em entrega, troca, olhar, carinho.

Um banho de amor, um momento único de conexão com o pequeno ser, que está sob minha responsabilidade, temporariamente, numa troca linda chamada maternidade.

Sempre imaginei amamentar, nada fiz para preparar meus seios, apenas alguns banhos de sol durante a gestação. Carreguei em silêncio certo receio de como seria o sugar, se doeria, machucaria, se me daria aflição, e com esse mix de medos do novo, me deparei com uma sensação linda ainda na sala de parto, pois logo depois do nascimento dispuseram o meu pequeno para mamar no meu seio. Que sonho, todos os medos foram embora naquele instante, senti uma sensação estranha física, mas nada que possa dizer que é dor, o carinho e a felicidade foram muito maiores, estávamos iniciando uma linda forma de troca.

Nos dias seguintes ele continuou se alimentando do meu amor e do colostro, alimento extremamente importante para sua imunidade, pois é rico em anticorpos, que brotavam suavemente dos meus seios. Um seio a cada mamada, dei sem controle de tempo, sem pressa para acabar, curtindo cada instante. A sensibilidade que deixou os mamilos doloridos foi aliviada com as milagrosas pomadinhas, e passaram definitivamente com o tempo e são bem toleráveis.

Depois de dois dias do parto, ainda na maternidade, o leite veio com todo seu esplendor, acompanhado sim de muita dor, meus seios ficaram enormes de uma hora para outra e duros, quentes. Recorri na madrugada a parteira (enfermeira obstétrica) que acompanhou minha gestação e o parto, ela me tranquilizou e sugeriu que não mexesse, mas que deveria dar de mamar ao pequeno. Disse que no dia seguinte tudo voltaria ao normal, que fazia parte do processo. Logo tudo fluiria. Que bom poder contar com esse apoio num momento tão frágil. Mulher parida requer muito carinho e cuidado, a mudança emocional é grande e o suporte de pessoas experientes é muito importante. A quarentena muito mais que repouso físico é uma reordenação emocional, nem sei se poderia chamar assim, mas é uma fase que a mulher precisa de três coisas fundamentais, apoio, apoio, apoio, não merece ser questionada, nem julgada, apenas apoiada nesse mar de descobertas que começa a navegar. Não é em vão que o trabalho de parto é algo trabalhoso, de certa forma difícil, pois é algo que trás a tona a força da mulher, sua garra e vontade, que na minha experiência foi fundamental para o momento que surgiu, o da maternidade.

De fato, logo meus seios voltaram ao normal, e o pequeno pode se alimentar com um leite fresquinho, rico de bons pensamentos que emano quando me sento para deliciá-lo.

O fluir do leite está, a meu ver, diretamente ligado com o fluir da mãe, ela tem que estar plena, sem questões emperrando o processo, mesmo pequenas coisas podem atrapalhar esse fluir natural. É uma forma de nos libertarmos de nossas travas e nos permirtirmos sermos pessoas mais soltas, mais livres.

É muito gratificante poder nutri-lo, me sinto em ligação com a natureza, com a Terra abençoado planeta-mãe. Porém é preciso querer, estar disponível, se permitir esse contato e essa dependência, mesmo nas madrugadas a fora, tudo com muito afeto e calma. Paciência para que ambos desfrutem esse momento onde ninguém pode interferir, mudar, nem fazer por nós. É um momento de mãe e filho. 

Vejo o Amamentar como uma experiência de entrega da mulher para seu bebê, que se nutri não só de leite, mas também de carinho, de presença, de dedicação, de calor, de colo, de aconchego, de cheiro que ele conhece, de carinho, de brincadeira, de conforto nos momentos de dor, de AMOR!
Vivi

Dança das águas - universo maternal

Rompida a bolsa que o envolvia, ele saiu do universo único das águas para um mundo mais seco, terreno, com ar e muitos desafios e belezas. Um choque, uma mudança muito intensa, que até hoje o deixa assustado.

Está vivendo entre dois mundos, como diria o pediatra Cacá, o espiritual e o físico, o que cabe a mãe, nessa passagem, é banhá-lo com muito carinho, colo, calor, olhar, mostrando que aqui vale a pena, que a vida é uma bênção e merece entrega.

Ele adentrou no planeta água e a mãe que nasceu, penetrou no universo das águas. Seu corpo a banha de leite, lágrimas e sangue, uma mistura que convida ao mergulho em si, a quebra de caprichos e padrões enraizados na alma. O pequeno precisa que adentre também no seu universo, a fusão mãe-filho faz com que isso ocorra naturalmente, mas é preciso deixar tudo fluir, seguir seu curso natural. É preciso conexão, navegar sem que o medo paralise o processo, fluidez das águas de um rio, águas que banham e alimentam essa chance de viver o amor. Um lindo presente do universo, viver a criação, participar da vida, com o amparo da mãe Terra, que nos acolhe em seu seio.

Certeza de que a vida flui! Embalar e dançar com o universo, viva Shiva Nataraja. Fluindo bem aventurança, permitindo possibilidade de aprendizado, conquistando a Luz ofuscada.

Como é lindo ver e passar horas a contemplar o ser que inicia uma jornada. Há vida e brilho em seu olhar, força espiritual e garra para estar aqui. Quantos amigos o acompanham e estão tão próximos, caminhando junto, sem pressa, com olhar de quem entende e ampara.

Viva o vinculo que se fortalece a cada dia, viva o presente de estar presente vivendo com carinho.

Amor Lucidez

mãe Vivi
Vivi mãe

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Parque da Aclimação


yoga no parque da aclimação
Grátis – todos os domingos, às 10h        
*Exceto feriados e dias chuvosos



Aulas de 1 hora de duração, ao lado da concha acústica,
com a instrutora Viviane Cabral
(eventualmente com prof. convidados)                                                   

Práticas suaves - movimentos lentos ritmados pela respiração, exercícios respiratórios, relaxamento -possibilitando um reencontro consigo e muita PAZ.  
Venha fazer uma aula experimental!

Apoio:







terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

O parto


No momento do seu nascimento - um parto natural, hospitalar, com apoio de uma enfermeira obstétrica - Vilma Nishi, de um obstetra - Dr. Antônio Júlio, de um pediatra – Cacá, de um marido – Daniel e de uma fotógrafa - Letícia Momesso. O trabalho de parto caminhou tranquilo, as contrações ritmaram por volta das 14h e o pequeno nasceu próximo das 20:30h, sendo que a dilatação total aconteceu cerca de 19h. Não fiz uso de anestesia, nem de episiotomia, permiti ao corpo que fizesse seu trabalho, algo que é natural e possível a todas as mulheres. A dor existe, mas também existe PAZ e contentamento.

O parto é um momento único, uma porta que se abre para inúmeras descobertas sobre si, a começar que a mulher está prestes a nascer como mãe. Esse momento não poderia ser menos intenso, pois é uma ruptura, onde somos capazes de perceber nossa força, nossa garra, nosso amor. Tamanha intensidade pode assustar as mulheres modernas, mas em minha experiência foi fundamental para me sentir forte e firme para cuidar de meu filho, principalmente nos seus primeiros dias - momento delicado chamado de puerpério, que abordarei mais cuidadosamente em outro texto.

A abertura proporcionada pelo parto, que não seria apenas física, mas também emocional, nos deixa vulneráveis, não temos como nos agarrar em nossos medos, algo mais forte nos puxa de nossas conchas e nos trás a realidade, afinal, um filho está nascendo - faça força, respire, relaxe... - e quando simplesmente achamos que não iremos dar conta, nos entregamos, soltamos as rédeas e nesse exato momento ele nasce. Percebemos que não somos o que achávamos ser, que existe algo mais, alguém capaz de parir, de ir além de si mesma. E ao pegar o filho nos braços, sentir aquele cheiro, olhar os seus olhos e perceber o Amor, vemos que valeu a pena. Nesse momento minhas pernas ainda estavam tremulas, e lembro de beijá-lo muito, e abençoá-lo. Eu estava bem dolorida, mas meus olhos brilhavam, eu estava linda (pude ver nas fotos), uma beleza real, um brilho espiritual, do milagre da vida. Não acreditava que tinha sido capaz, e negava um pouco dentro de mim o ocorrido, tamanha a força do acontecimento, mas ele estava ali em meus braços e isso era real. Confesso que naquele momento dizia para mim mesma que nunca mais passaria por outro parto, mas no dia seguinte já sabia que faria tudo novamente.

O meu marido estava ao meu lado, me acariciou o cabelo e o rosto durante os momentos finais, me encorajando. Sei que sua visão sobre mim também mudou, e ele faz questão de comentar com todos que tive um parto assim, NATURAL; algo que não tem a ver com ser primitivo, ou alternativo demais, mas sim de estar em busca de conexão com o Divino em todas os momentos, e confiar. Fluir pela vida com mais carinho e brilho nos olhos. Ir além dos medos e inseguranças e acreditar na força que nos gerou e que mantem o sol nascendo, o rio correndo, o coração pulsando.


Paz e Luz!

Vivi


Trabalho de parto é movimento




Tudo no Universo está em movimento, a vida se movimenta constantemente; em nós um bom volume de sangue percorre nossas veias sem cesar, assim como a respiração pulsa o ar a todo momento. O parir não poderia ser diferente.

Trabalho de parto é movimento, uma reconexão consigo, com a força contida em nosso quadris, uma força que cria espaço para o novo surgir, para o bebê nascer, para a vida fluir.

Para que a abertura aconteça, percebi através de minha experiência, que o movimento corporal é fundamental, um movimento que traga relaxamento, soltura. Não há regras em relação a isso, o melhor é o que a mulher deixa acontecer. Fechar os olhos e se entregar, como uma dança, um rebolado, um agachamento, tudo vale nesse encontro consigo. E de fato não importa o local.

Vivenciei mais de uma hora de contrações na recepção da maternidade, pois estava esperando para fazer um exame, que diria se estava na hora de ficar para dar a Luz. Na recepção mesmo me entreguei aos movimentos que sentia vontade de fazer. Rebolei, agachei, andei, fiz tudo que de alguma forma me aliviava, enquanto as contrações “pegavam” com força. Não conseguia ficar sentada nem um minuto, era uma tortura para mim ficar parada quando as contrações vinham. Acredito que essa forma de agir me ajudou muito, pois meu trabalho de parto foi rápido* e consegui me manter tranquila e serena durante a evolução das dilatações.

Andava e dizia pra mim mesma, relaxa, se solta. Respirava fundo e soltava os ombros, a cabeça. Bebi muita água e também vi a lojinha para bebês da maternidade. Fui para o portão de entrada e observei as árvores, as pessoas que passavam, as mães que saiam com seus pequenos nos braços. E aproveitava o intervalo entre as contrações para pedir a Gaya, Mãe Terra, muita força e conexão para viver esse lindo e desafiante momento.

Quando tive a oportunidade também me lembrei de minha avó, que deu a Luz a 9 filhos, todos de forma natural e ganhei força ao lembrar que agora era a minha vez de dar continuidade a família, a força estava comigo, o momento era meu. Eu era o papel principal, e tinha tudo que precisava para que a peça ocorresse lindamente.

É interessante que a mente sempre tão agitada não encontrou lugar para devaneios, permaneci mais no presente, no “aqui e agora” durante todo o trabalho de parto, que se iniciou quando as contrações entraram em ritmo, mantendo sempre um mesmo padrão de duração e intervalo, um mesmo movimento.



*Meu trabalho de parto durou aproximadamente 6:30h, sendo que em 5 horas já estava com dilatação total. É considerado um parto rápido, uma vez que há vários casos de trabalho de parto de 12h ou até 24h.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

SE PERMITIR


Nesse momento que estou vivendo, reta final para a chegada do Ravi - para a maternidade de fato, que chegará quer eu queira, ou esteja preparada, ou não, é INEVITÁVEL, o nascimento vai acontecer- muitas coisas têm surgido. Pulsos adormecidos emergindo, na verdade pude ver, levemente, um lado que eu sempre preferi não olhar: uma criança chorona, que está gritando querendo carinho, atenção, um pouco de colo. Esse grito tem aparecido hoje e vem aparecendo de diversas formas, como uma certa carência que projeta no outro expectativa, não permitindo o surgir do amor. Um dar querendo receber! Uma ausência!
Pulsos que tem suas raizes bem fundas na ausência de conexão com o divino e que se fortaleceram ao longo da minha vida infantil, e que hoje posso olhar com outra forma, perceber que tudo pode ser modificado, que é necessário mover, movimentar tais questões, com um olhar sincero para si e muito carinho, muito carinho para o lado feio, para essas carências que não são gostosinhas de ver, mas que mostram o que temos que ver. São as barreiras criadas por nós mesmos ao Divino.

Tenho buscado viver cada momento, focar na presença de cada segundo, não estar no futuro, esperando. Nesse momento em que algo está para acontecer, algo que me tirou da rotina habitual, me trouxe para uma esfera do não programado, me permitiu sentir o inesperado, tenho tido a oportunidade de viver simplesmente, sentir, sem ter que cumprir horários, ou ter que ser alguma máscara que não quero, estou tendo a oportunidade de ser muito mais verdadeira comigo, e ver um pouco melhor quem sou, sem a carência de ver quem gostaria que eu fosse.
Permitir sentir medo, negação, chorar e ver que tudo também pode ter um lugar carinhoso no meu coração. Viver é se expor, não só com carinha de que está tudo bem, mas com o pacote completo das minhas crenças e carências, e vendo o que se encaixa melhor em cada momento, dançando e tentando fazer sempre diferente, SE PERMITINDO a vida.
O controle me puxa para a ansiedade, mas não há o que controlar, ele é a razão do sofrimento, não permiti a entrega, o surgir do inesperado. O controle mata a vida, pois impõe regras, formas, moldes para que as coisas aconteçam, que são belas por serem livres e soltas. A Luz não pode ser encaixotada, formatada, mas está livre, solta, fluindo; que as rédeas sejam afrouxadas nessa carruagem e deixemos o cocheiro nos levar ao ponto inevitável.

Percebo um paralelo entre o fluir para o parto, para a morte e para o Divino, são inevitáveis e de uma forma ou de outra irão acontecer, posso escolher viver plenamente cada instante e recheá-los de presença e carinho, ou posso projetar expectativas em relação a eles. Posso dançar e ouvir uma boa música, rir e deixar a chama da felicidade invadir meu ser, ou posso comer e roer minhas unhas tentando imaginar como vai ser!

hihihi acho que estou louca de alegria de poder viver. Que bom é poder deixar tudo isso acontecer :)


*Meu filho nasceu no dia seguinte que eu escrevi esse texto, eu estava com 40 semana e 4 dias de gestação; foi um parto natural, hospitalar e tranquilo (na medida do possível).*

PAZ! Vivi

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Doce olhar




Como é doce esse olhar,

Como é puro esse sorriso,

Tudo está Nele e Ele está em tudo.

Menino, parece que não cresce nunca,

É homem, mas ri com uma delicadeza que vejo no bebê que está em minha vida.

Sei que sabes qual é a Fonte e dela se alimenta a todo instante,

Ela faz brilhar seus olhos, e quando olhas para nós, só nos resta sorrir e deixar as lágrimas molharem a face.

Doce Krishna, obrigada pela presença!


PAZ!

Vivi

Observe







Trilha na montanha sagrada ArunaChala, na cidade de Thiruvannamalai, em Tamil Nadu, ao sul da Índia.
(morada do mestre Ramana Maharshi)









Queridos amigos é tão breve o caminhar,

pare quando necessário, tome água fresca, lave a fronte,

RESPIRE,

mas não se perca em longos pensamentos.

Andar é preciso!

Observe o pensar e reflita no Eterno,

todo o resto é transitório,

apenas Ele é fonte inesgotável.

Não perca tempo, não desperdice energia,

apenas observe.

O Divino se mostrará para você,

não é necessário pedir,

apenas observar.


Muita Paz!

Presença!

Vivi

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

INTRODUÇÃO AO YOGA


           
            Segundo um antigo mestre indiano chamado Patanjali, autor dos Yoga Sutras, yoga pode ser resumido em apenas três palavras sânscritas, que contêm profundo significado.
            Yoga =  Citta-Vrtti-Nirodah
            Citta – substância mental, a base da mente. No nosso atual estado de lucidez esta base seria as memórias e estas estão poluídas pelos floreamentos que fazemos   das experiências.
            Vrtti – padronização, redemoinho, processo encadeado de pensamentos, devaneios. A utilização de um padrão na expressão das memórias. Hábitos.
            Niroda – Cessação do que é baixo nível, raso, superficial.
            Portanto, Yoga é todo processo que envolve união, ligação com a Real Natureza do ser, que é divina, fluídica. Esse processo traz invariavelmente a necessidade de quebrar os padrões da mente, que nos enraízam em repetições de pensamentos, atitudes, não permitindo que vejamos a vida de forma mais ampla.
            Para isso é necessário viver as experiências com os “dois pés” no presente, tentando não trazer a carga emocional das vivências passadas, deixando o Ser autêntico brotar do coração, pois dessa forma nos permitimos ver os padrões que limitam nossa vida e teremos a oportunidade de escolha, e portanto, de mudança.
            Um método para “limpar” nossas experiências seria a não identificação com os objetos, e temos aqui como objetos, as pessoas, as relações que temos, e todas as coisas que estão em nosso entorno. Para que ocorra a não identificação é necessário observá-los separados de nós, e percebermos que tipo de relação desenvolvemos com eles. Veremos as cenas de nossa vida como expectadores, observando nosso atuar nesse palco, sem que nos identifiquemos com o papel desempenhado. Não havendo julgamento.
1º - Observar as experiências como realmente são, sem utilizar como base as memórias, que também estão “contaminadas” por experiências que não aconteceram daquela forma como recordamos, uma vez que também não estávamos presentes quando elas ocorreram;
2º - Os padrões aparecerão de forma clara, observe-os e tenha a oportunidade de quebrá-los;
3º - Então cessará o que é baixo nível mental.
            Portanto, o resultado de Citta Vrtti Niroda é o observador permanecer em sua real Natureza, UNIÃO = YOGA.
            Cabe observar que a visão de que yoga é apenas posturas físicas é bem limitada, uma vez que estas posturas são apenas mais uma ferramenta para um propósito maior.
 Texto elaborado com base em meus estudos com o Prof. Enki (http://www.yogashala.org.br/)
PAZ! Vivi